O deputado federal Túlio Gadelha (Rede-PE) usou as redes sociais para comemorar a manobra emplacada pelo Congresso Nacional nesta terça-feira, 5, que derrubou os vetos do presidente Jair Bolsonaro (PL) à Lei Aldir Blanc 2 e à Lei Paulo Gustavo. A articulação foi promovida, especialmente, por parlamentares inclinados ao bloco de oposição e ocorreu após adiamentos da votação. O tema sofreu pressão da classe artística, que a todo momento exigia aprovação dos auxílios ao setor cultural.
Aldir Blanc
Com a derrubada, a Lei Aldir Blanc 2 passa a prevalecer e, conforme a deliberação, repasses anuais de R$ 3 bilhões da União para estados e municípios terão que ser executados, por um período de cinco anos, a valer a partir de 2023.
Paulo Gustavo
A Lei Paulo Gustavo, por sua vez, tem caráter emergencial e destina R$ 3,86 bilhões para estados e municípios ajudarem o setor cultural. Do montante, R$ 2,79 bilhões seriam encaminhados à área audiovisual, ao passo que R$ 1,06 bilhão cumpriria destino para ações emergenciais.
Esquerda comemora
Nas redes sociais, ativistas, internautas e parlamentares de esquerda festejaram o resultado. Um dos nomes a demonstrar euforia foi Túlio Gadelha, que recentemente deixou o PDT, de Ciro Gomes, para seguir na Rede Sustentabilidade, de Randolfe Rodrigues.
Em uma publicação no Instagram, o político provocou os apoiadores do presidente da República. Na ocasião, o post é acompanhado de uma imagem do fotógrafo do Pedro Gontijo, do Senado, que registrou o momento em que a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), e o produtor cultural Eduardo Barata, beijam o rosto do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
— Derrubamos o veto de Bolsonaro à Lei Paulo Gustavo e à Lei Aldir Blanc 2. Vitória da Cultura do Brasil! Os bolsominions piram! — escreveu Gadelha.
Bolsonaro insatisfeito
Nos bastidores, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem demonstrado insatisfação com o ‘sinal verde’ dado pelo Congresso, visto que as duas leis possuem grande impacto financeiro.
O descontentamento do chefe do Executivo não se dá apenas por isso, afinal, o mandatário foi responsável por apoiar a eleição de Rodrigo Pacheco à presidência do Senado, mesmo ciente de que o parlamentar não possuía alinhamento suficiente com o governo.
Vale lembrar, em especial, que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) foi um grande articulador pró-Pacheco. O filho 01 disse, à época, que o político mineiro tinha um “perfil responsável e ponderado”, declarando voto abertamente.
Informações do Conexão Política