Inflação continua desacelerando e fica em 0,47%, diz IBGE

 

O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) —que mede a inflação oficial do país–, desacelerou a 0,47% em maio,  informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (9).

No ano, o indicador acumula alta de 4,78% e, nos últimos 12 meses, de 11,73%, abaixo dos 12,13% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

O mercado esperava alta mensal de 0,6%, conforme a mediana das expectativas de analistas, e de 11,84% na comparação com maio do ano passado.

Em abril, quando o índice ficou em 1,06%, a inflação já mostrava desaceleração, já que havia sido de 1,62% em março.

O acumulado em 12 meses continua muito acima da meta para 2022, de 3,50%, com margem de 1,5 ponto para mais (5%) ou para menos (2%). O IPCA vem ultrapassando o teto da meta desde março do ano passado.

A principal divergência nas expectativas do mercado ocorreu em alimentação em domicílio, segundo Thomaz Sarquis, economista da Eleven Financial, que também destacou resultados abaixo do esperado em serviços e industriais.

Apesar do resultado geral abaixo do esperado, o especialista pondera que a inflação ainda está alta. “Ainda enxergamos a composição do índice de forma desfavorável, corroborando a projeção de mais uma elevação de 0,5 ponto na Selic na semana que vem”, diz.

“Apesar da surpresa positiva, a inflação continua em patamares muito elevados e não há sinais de que esteja desacelerando na margem. Esse resultado de maio sinaliza apenas que a alta inflação começa a perder fôlego”, diz Felipe Salles, economista-chefe do C6 Bank.

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