O desespero parece tomar conta de alguns Ministros em relação as nossas eleições digitais, o que não deveria estar acontecendo caso não houvesse motivos. Recentes reações dos togados que dominam o Tribunal Superior Eleitoral causam muita estranheza, já que eles mesmos defendem que nunca teve fraude em nossas urnas eleitorais, dando a entender que os hackers do mundo passariam fome caso tentassem penetrar no mais seguro sistema do planeta.
Primeiro foi quando o novo presidente da corte, ministro Edson Fachin, denunciou os russos sobre possíveis violações ao sistema. Até hoje ninguém sabe de onde ele tirou esta história, nem a imprensa militante nunca lhe perguntou. Agora foi a vez de o iluminado Barroso criticar a atuação das forças armadas dentro da comissão que ele mesmo formou para acompanhar o processo. Ora, quem não deve não teme.
O que é real, e está no relatório da Polícia Federal no processo aberto pelo próprio TSE para investigar uma invasão de hackers, que durou meses, incluindo o período da eleição de 2018, é que uma empresa terceirizada, contratada pelo próprio Tribunal, apagou os rastros da invasão. Os Ministros nunca demonstraram ao povo brasileiro indignação sobre este fato. Pelo contrário, passaram a exigir sigilo absoluto e prisão para quem questionar.
O sistema eleitoral é do povo brasileiro, não é do TSE. As forças armadas fizeram uma lista de questionamentos e exigem que sejam apresentadas soluções, evitando ao máximo novas invasões que poderão comprometer a lisura do próximo pleito. Respeitem as forças armadas brasileiras, estas sim nos representam.
Os Tribunais Superiores estão cada dia mais funcionando como sigla partidária, com candidatura oficial, programa de governo baseado na Agenda 2030 da ONU e garantia de assessoria jurídica para os aliados. Este não é o seu papel institucional. Esticam a corda acreditando que podem tudo. Uma hora acordarão desta fantasia ideológica aprendendo que só quem pode tudo é Deus, o que está acima de todos.
Sérgio Levy é jornalista