O Presidente da República Jair Bolsonaro declarou neste sábado (16/04) que marcará reunião com representantes do WhatsApp no Brasil para tratar do acordo feito entre a plataforma e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O aplicativo comunicou nesta semana que está criando uma ferramenta para “pequenas comunidades”. O objetivo é unir e organizar pessoas em torno de um lugar ou interesse comum. O problema é que o TSE exigiu que, no Brasil, a ferramenta seja adotada apenas depois das eleições.
“Já conversei com o Fábio Faria [ministro das Comunicações]. Ele vai conversar com representante do WhatsApp aqui no Brasil para explicar o acordo. Se ele [WhatsApp] pode fazer um acordo com o TSE, pode fazer comigo também, por que não?”, afirmou o presidente em entrevista à CNN Brasil.
O aplicativo fechou um acordo em fevereiro com o TSE para combater a desinformação durante o processo eleitoral de 2022. O WhatsApp se comprometeu a não implementar nenhuma mudança significativa de produto no Brasil antes das eleições de outubro.
“Essa última informação agora que o WhatsApp pode ter uma política mundial, ninguém vai reclamar. Agora, (por que) apenas para o Brasil o disparo em grupo poderá ser realizado depois das eleições?”, indagou o presidente.
Comentário do Blog: Não precisa ser nenhum expert em tecnologia da informação para perceber que esse “acordo” do TSE visa diminuir a força do presidente, numa ferramenta em que ele engole o seu maior adversário, na disputa das eleições de outubro próximo.