Na partida em que foi estabelecido o novo recorde de público e renda no Campeonato Potiguar, com 21.696 e uma renda de R$ 275 mil, América e ABC empataram por 2 a 2, naquele que foi o primeiro jogo da final. Mesmo com o time bem modificado em relação ao que o torcedor se habituou em ver em campo, o ABC foi melhor durante boa parte do confronto, ficou na frente duas vezes com Kelvin marcando os dois gols, mas acabou amargando o empate com os gols de William Marcílio e Wallace Pernambucano, em dois lances originados de bola parada. O próximo encontro entre os dois rivais está marcado para quarta-feira na Arena das Dunas, onde se o empate persistir, a decisão irá para os pênaltis.
Apesar de as duas equipes terem entrado em campo com algumas modificações, em relação ao confronto passado, a partida começou como era esperado num clássico decisivo, com os times buscando o ataque, com o ABC visitando mais a área alvirrubra, apostando muito na velocidade de Kelvin. Enquanto isso, a equipe americana apostava nos passes longos para tentar encurtar a distância até o gol adversário, mas a iniciativa não se mostrou eficiente.
A tática do ABC se mostrou mais eficiente aos 17 minutos, quando após receber lançamento, Fábio Lima escapou pela esquerda, passou como quis pelo zagueiro Jean Pierre e tocou para Kelvin desviar, marcar o primeiro gol e colocar o Alvinegro em vantagem no placar.
Depois de ficar em desvantagem, os jogadores americanos passaram a buscar mais o atacante, evitando os lançamentos longos e buscando o caminhos dos toques rápidos e as descidas em velocidade.
Mas o ABC não recuou, continuou atacando com mais eficiência e levando mais perigo ao gol de Bruno Pianissolla. A equipe apesar de todos os problemas parece ter se encaixado melhor com o sistema com três zagueiros, enquanto pecando na criação, o Alvirrubro mostrava muita dificuldade em construir suas jogadas por deficiência no último passe, principalmente.
Se com a bola rolando estava difícil, o caminho encontrado pelo América para empatar o jogo foi na cobrança de uma falta. Araújo bateu, a bola desviou na barreira e sobrou na frente para William Marcílio colocar tudo igual no placar aos 44 minutos.
A alegria dos americanos durou pouco, pois em outro ataque rápido, do ABC, Kalvin, o melhor em campo, mais uma vez apareceu livre na cara do gol para bater cruzado e fazer 2 a 1 para o Alvinegro aos 46, um placar que traduziu bem o que ocorreu dentro das quatro linhas na etapa inicial.
Empurrado pela torcida, o América buscou mostrar uma nova postura no início do segundo tempo, prendendo a bola mais no ataque, mas estava difícil suplantar a linha de zaga abecedista que se comportava bem e não dava espaço para os americanos fazer fluir as jogadas.
Aos 14 minutos, Fernando Marchiori que teve de mandar seu time a campo com cinco alterações, perdeu Kelvin que era o homem de ataque mais lúcido dentro de campo. Logo após, o América foi para frente e numa disputa entre Rodrigo e Felipinho, que à primeira vista parecia normal, o juiz marcou pênalti. Wallace Pernambucano foi para a cobrança e empatou a partida novamente, aos 22 minutos.
O lance incendiou a torcida alvirrubra, que mais uma vez lotou a Arena das Dunas, o América melhorou e Luiz Henrique, em um lance muito parecido com o primeiro gol da partida, quase virou o placar, obrigando o goleiro abecedista, Matheus Nogueira, a realizar sua primeira grande defesa no jogo. Minutos depois, Wallyson teve a grande chance de desempatar, e da risca da pequena área, chutou duas vezes a bola e desperdiçou após outro belo passe de Fábio Lima na partida.
A disputa dentro de campo era muito acirrada, a briga pela posse de bola era constante, os ânimos se acirraram e Wallace Pernambucano que vinha numa disputa muito particular com o zagueiro Eduardo, acabou sendo substituído para evitar o risco de ser expulso. Com outro bom momento só ocorreu aos 45, quando Wallyson, cobrando falta, fez Bruno Pianissolla fazer boa defesa, ele deu rebote, mas a zaga conseguiu afastar.
Informações da Tribuna do Norte