O último levantamento do Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta sexta-feira (8/4), aponta extinção da terceira onda de infecções provocadas pelo coronavírus no Brasil.
Segundo o boletim, pela primeira vez, desde o início da pandemia, nenhum estado superou a marca de 0,3 mortes por 100 mil habitantes. “Os novos dados permitem afirmar que a ‘terceira onda’ epidêmica no Brasil, com o predomínio da Ômicron entre os casos, está em fase extinção”, divulgou a organização.
Os números foram compilados entre o dias 20 de março e 2 de abril de 2022. Durante o período, 50,7% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) tiveram resultado positivo para Covid. No momento mais crítico da pandemia, o índice era de 98%.
O levantamento também mostra que a taxa de letalidade por Covid, no decorrer do tempo, ficou próxima de 0,8%. No ano de 2021, a porcentagem oscilou entre 2% e 3%.
“A redução desse indicador, observada durante a terceira onda epidêmica, é atribuída principalmente à vacinação de grande parte da população-alvo e à menor gravidade da infecção pela Ômicron”, consta no boletim.
Apesar do cenário mais otimista, pesquisadores da instituição ressaltam que os dados não representam o fim da pandemia, e podem ser alterados com o possível surgimento de novas variantes mais letais ou que escapem da proteção das vacinas.
Os cientistas chamaram atenção para a aplicação da segunda e terceira dose de vacinas contra a Covid, especialmente nas regiões com baixa cobertura. O grupo ressaltou a importância da manutenção de medidas restritivas, como uso de máscaras em ambientes fechados.
Metrópoles