Governos petistas são recordistas em nomear apadrinhados

Cargos comissionados (aqueles que independem de concurso) sempre existiram. Todos os presidentes (e também governadores e prefeitos) têm o direito de nomear profissionais (e outro tipo de gente) para dar cara e personalidade a seu governo. Faz parte do jogo.

O pré-candidato Lula anunciou que vai demitir 8.000 militares comissionados por Bolsonaro, caso retorne ao poder. Era de esperar esse tipo de retaliação. Mas uma olhada no retrovisor da história pode dar uma sinalização do que isso significa além de um ajuste de contas com desafetos.

Quando o ex-presidente assumiu, em 2003, eram 68.553 cargos em comissão. Ao sair, deixou 87.596 companheiros pendurados no cabide do Estado brasileiro. No primeiro ano de mandato de Dilma, 2011, esse número pulou para 88.339. No ano em que ela saiu, os apadrinhados atingiram o patamar de 100.317 pessoas.

No fim do governo Temer, houve um leve espirro, e a legião de agraciados escorregou para 99.833. Bolsonaro herdou esse contingente e, no fim de seu primeiro ano no cargo máximo da nação, tinha 88.092 comissionados. Neste ano de 2022, está em 90.043.

Os números estão aí. Divirtam-se em tirar conclusões sobre qual perfil de funcionário público teremos a partir de 2023, caso Lula esteja de volta ao Palácio do Planalto. E quantos amigos e companheiros já estão esfregando as mãos de ansiedade.

R7

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