Governo avalia segurar preços do combustível; ações da Petrobras caem

Diante do aumento do preço internacional do petróleo em meio às tensões da guerra entre Rússia e Ucrânia, o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) passou a informar que estuda conter temporariamente o reajuste de preços de combustíveis da Petrobras.

Mais cedo, durante entrevista, o próprio chefe do Executivo federal voltou a criticar a política de paridade da estatal e informou que o governo faria uma reunião para discutir medidas para a petroleira não repassar toda a alta dos combustíveis para o consumidor final.

Na prática, a paridade no preço do petróleo quer dizer que a Petrobras paga o preço internacional do produto e repassa eventuais altas para as refinarias brasileiras, fazendo com que o aumento seja pago pelo consumidor.

No início desta segunda, o preço do barril de petróleo tipo Brent saltou 18% e chegou a valer US$ 139 – maior nível registrado desde 2008.

“Se você for repassar isso tudo para o preço dos combustíveis, você tem que dar um aumento em torno de 50% nos combustíveis, não é admissível você fazer. … A população não aguenta uma alta por esse percentual aqui no Brasil”, disse o presidente Bolsonaro durante entrevista.

“Leis feitas erradamente lá atrás atrelaram o preço do barril produzido aqui ao preço lá de fora, esse é o grande problema, nós vamos buscar uma solução para isso de forma bastante responsável”, prosseguiu.

Após as declarações do presidente, as ações da Petrobras caíram 7%. O principal índice de ações da bolsa de valores de São Paulo, a B3, fechou em forte queda nesta segunda, com o Ibovespa recuando 2,52%, a 111.593 pontos.

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