Uefa remarca a decisão para a França devido a guerra


 

Como prometido, a Uefa agiu rápido e retirou a decisão da Liga dos Campeões de São Petersburgo, na Rússia, e definiu que o novo palco será o Stade de France, no dia 28 de maio. A entidade anunciou a troca após reunião extraordinária nesta sexta-feira, dando uma resposta imediata à invasão dos russos à Ucrânia.

 

“O Comitê Executivo da UEFA realizou hoje uma reunião extraordinária na sequência da grave escalada da situação de segurança na Europa. E decidiu transferir a final da Liga dos Campeões 2021/22 de São Petersburgo para o Stade de France em Saint-Denis. O jogo será jogado como inicialmente programado, no sábado, 28 de maio, às 21:00 CET (17 horas de Brasília)”, anunciou a Uefa.

 

A decisão seria na Gazprom Arena, estádio do Zenit e administrado por um grande parceiro da entidade. Mas a pressão de outras confederações alegando falta de segurança acabou sendo decisiva para a terceira troca seguida do palco da grande decisão europeia. As duas anteriores foram ocasionadas por causa da pandemia de covid-19 em Kiev e Istambul e acabaram em Portugal.

 

Será a sexta final da Liga dos Campeões na França e a terceira neste novo palco. Em 2006, o Barcelona fez a festa no Stade de France em decisão emocionante com definição da virada nos minutos finais, com gol heroico do brasileiro Belletti e triunfo por 2 a 1 sobre o Arsenal. Em 2000 o título ficou com o Real Madrid, diante do Valencia. O Stade de France marcou a primeira conquista da seleção francesa em Copas do Mundo. Em 1998, com show de Zidane, bateu o Brasil por 3 a 0.

 

As outras três decisões da Liga dos Campeões no país foram no Parque dos Príncipes, casa do Paris Saint-Germain, em 1956, 1975 e 1981. A equipe francesa está nas oitavas de final, abriu vantagem sobre o Real Madrid com 1 a 0 na ida e busca o inédito título.

 

“A Uefa deseja expressar os seus agradecimentos e apreço ao Presidente da República Francesa, Emmanuel Macron, pelo seu apoio pessoal e empenho em transferir o jogo mais prestigiado do futebol europeu de clubes para França num momento de crise sem precedentes”, agradeceu a entidade. “Juntamente com o governo francês, a Uefa apoiará totalmente os esforços de várias partes interessadas para garantir o resgate de jogadores de futebol e suas famílias na Ucrânia que enfrentam terríveis sofrimentos humanos, destruição e deslocamento.”

 

A Uefa ainda anunciou que o Comitê Executivo da UEFA também decidiu que os clubes e seleções russas e ucranianas que participem nas competições da Uefa terão de jogar em casa em estádios neutros até novo aviso.

 

“O Comitê Executivo da Uefa decidiu ainda permanecer de prontidão para convocar novas reuniões extraordinárias, regularmente sempre que necessário, para reavaliar a situação legal e factual à medida que evolui e adotar novas decisões conforme necessário.”

 

Outras mudanças

A Fórmula 1 anunciou que, em decisão tomada em conjunto com a FIA e as equipes, não realizará o Grande Prêmio da Rússia após a invasão das forças armadas do país invadirem a Ucrânia neste semana. “É impossível realizar o Grande Prêmio da Rússia nas atuais circunstâncias”, diz a organização em nota sobre a edição na cidade de Sochi, que seria disputada em setembro.

 

Na quinta-feira, o piloto Sebastian Vettel fez questão de se posicionar sobre a crise militar e diplomática e foi duro em suas declarações. O presidente da associação de pilotos da Fórmula 1 (GPDA) disse que não disputaria o GP em protesto por ver “pessoas inocentes perdendo vidas por razões estúpidas.”

 

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