O deputado estadual Coronel Azevedo apresentou um Projeto de Lei que proíbe a “linguagem neutra” na grade curricular e no material didático a ser utilizado nas instituições de ensino públicas e privadas no Rio Grande do Norte.
Na avaliação do parlamentar, “a adoção deste tipo linguagem prejudica diretamente a aprendizagem de pessoas com dislexia, a interpretação de leitura labial de pessoas com surdez, além de pessoas cegas ou com baixa visão que utilizam o braille e softwares como formas de leitura. Ou seja, prejudica milhões de pessoas”.
No final de outubro desse ano a Secretaria de Cultura, antigo Ministério da Cultura, publicou uma portaria que proíbe o uso da linguagem neutra em projetos financiados pela Lei Rouanet. Isso impede que obras que recebem o incentivo da lei utilizem expressões como “elu”, “amigue”, “namorade”, “todxs”, por exemplo, que fazem parte da chamada linguagem de gênero neutro ou não-binária.
Cada vez mais comum nas redes sociais e entre membros da comunidade LGBTQIA+, essa linguagem tem como objetivo adaptar o português para o uso de expressões neutras a fim de que as pessoas não binárias (que não se identificam nem com o gênero masculino nem com o feminino) ou intersexo se sintam representadas.
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