Um grupo de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS)que se reuniu nesta sexta-feira, 26, para analisar o impacto da variante recém-descoberta do novo coronavírus, a classificou como “de risco” e a batizou com a letra grega “omicron”.
O comitê de emergência formado da agência destacou que a detecção da cepa, a partir de amostra coletada na África do Sul, em 9 de novembro, coincidiu com um forte aumento no número de casos de infecção no país. A variante, que fez com que nesta sexta-feira muitos países impusessem restrições de voos que partem do sul da África, preocupa pelo grande número de mutações que apresenta – pelo menos, 30 – e já teve casos registrados na África do Sul, assim como em Botsuana, Hong Kong e Bélgica.
Na União Europeia, Alemanha, Reino Unido e Itália foram os primeiros países a impor restrições aos viajantes vindos da região, mas uma reunião do bloco firmou um acordo para que todos os voos de sete países do sul da África fossem suspensos. De acordo com a agência EFE, os países envolvidos são África do Sul, Lesoto, Botsuana, Zimbábue, Moçambique, Namíbia e eSwatini. Além disso, os membros da UE concordaram que os residentes europeus destes países que têm direito a entrar na UE devem ser submetidos a testes e a um período de quarentena, disse a presidência eslovena do bloco. Japão e Hong Kong também anunciaram restrição ao país africano, que afirmou por meio do seu Ministério da Saúde que a reação do bloco europeu é “injustificada”. “Achamos que os líderes de alguns países estão encontrando bodes expiatórios para lidar com aquilo que é um problema mundial”, disse o ministro Joe Phaahla.