O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro por causa das afirmações que ele fez em uma live relacionando a vacina contra a Covid-19 ao vírus HIV.
O envio foi feito para que o procurador-geral da República, Augusto Aras, tome providências que entender cabíveis a Bolsonaro, pois apenas Aras pode oferecer denúncia pela prática de crime comum contra o presidente.
A notícia-crime foi apresentada ao STF por deputados federais do PSol e do PDT. No documento, eles acusam Bolsonaro de ter cometido uma série de delitos, como infração de medida sanitária preventiva, perigo para a vida ou saúde de outrem, improbidade administrativa e crime de responsabilidade ao associar a vacinação contra o novo coronavírus como forma de contrair o HIV.
Segundo os parlamentares que assinam a peça, “é fundamental que os poderes constituídos tomem as providências cabíveis para punir os responsáveis pelos atentados contra a saúde pública do povo brasileiro”.
“O presidente da República mentir sobre a vacinação, além de um ato criminoso, é um absoluto desrespeito para com o país e com as famílias enlutadas. Jair Bolsonaro coloca sua ideologia autoritária acima das leis do país, mentindo de forma criminosa sobre as vacinas, colocando em risco uma estratégia que vem diminuindo drasticamente o número de mortes no país”, reclamam os deputados.