A diretoria do América-RN procurou a Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed) para tratar de um acordo de cooperação entre o Rio Grande do Norte e a Paraíba para a segurança da delegação potiguar para a partida contra o Campinense, neste sábado, em Campina Grande. O clube está preocupado com a integridade física de jogadores, comissão técnica e dirigentes, e buscou a ajuda do governo em razão dos incidentes registrados após o jogo de ida entre as duas equipes, em Natal, no último sábado. Na oportunidade, torcedores do América foram flagrados atirando pedras contra o ônibus do Campinense e também invadiram o hotel onde estavam os jogadores do time paraibano, havendo confronto.
Após reunião realizada na manhã desta quarta-feira, em Natal, o secretário de Segurança Pública do RN, coronel Francisco Araújo, enviou ofício ao secretário de Segurança Pública da Paraíba, Jean Francisco Bezerra Nunes, e também para o comandante-geral da Polícia Militar da Paraíba, coronel Euller de Assis Chaves.
Foi solicitado o reforço policial para a segurança dos integrantes da delegação potiguar, desde a chegada a Paraíba, a sua permanência em Campina Grande até o retorno a Natal, “a fim de evitar qualquer incidente dessa natureza, algo que depõe contra a boa prática esportiva que deve prevalecer”, como diz no documento.
A logística de viagem do América para Campina Grande não foi divulgada por questão de segurança.
A Sesed destaca que pessoas suspeitas de participarem do ataque aos jogadores do Campinense em Natal foram identificadas e detidas pela Polícia Militar, e “deverão ser devidamente responsabilizadas pelos seus atos”.
A secretaria diz ainda que existe um acompanhamento realizado nas redes sociais, onde se verifica a possibilidade de “ações intimidatórias” contra a delegação do América, o que justifica a tomada de providências preventivas.
O incidente ocorrido em Natal foi repudiado pelos clubes e pela Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf). O goleiro do Campinense, Mauro Iguatu, disse em recente entrevista que “aquela minoria de torcedores não condiz com o tamanho da torcida do América” e que a equipe não compactua com qualquer tipo de violência.