Enquanto muitos brasileiros sofrem com a alta desenfreada dos combustíveis, tendo muitas vezes que deixar o carro em casa , e apelar para o já deficiente transporte público, governadores dos estados surfam a onda da alta dos preços, aumentando a arrecadação com o ICMS oriundo da venda dos combustíveis.
As vendas de combustíveis ainda não se recuperaram totalmente da crise provocada pela pandemia, mas a escalada nos preços já garante aos estados uma receita de ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) com esses produtos maior do que a registrada no mesmo período de 2019.
Com a receita em alta, alguns estados começam a anunciar medidas para tentar suavizar os impactos ao consumidor: o Espírito Santo decidiu congelar o imposto, e Roraima vai reduzir a alíquota cobrada sobre o botijão de gás.
Entre janeiro e setembro, os estados arrecadaram R$ 68,4 bilhões em ICMS sobre produtos de petróleo, uma alta de 24% em relação a 2020, quando o mercado e os preços despencaram com a pandemia. Na comparação com 2019, antes da crise, a alta é de 4,5%.
Com uma taxação de 29%, o ICMS do Rio Grande do Norte é um dos maiores do País, e isso contribui para encher os cofres do estado enquanto o povo padece. Para se ter uma idéia, 11 estados têm percentual de ICMS mais baixo que o do Rio Grande do Norte: São Paulo, Santa Catarina, Roraima, Mato Grosso, Amapá, Amazonas (todos com 25%), Bahia (28%), Distrito Federal (28%), Espírito Santo (27%), Pará (28%) e Rondônia (26%).
E nem ouse em falar em redução dessa alíquota de ICMS de 29% no estado. O secretário de tributação do RN, Kadu Xavier, já se colocou terminantemente contra, com o aval, logicamente , da Governadora Fátima.
Enquanto a população sofre com alta constante e absurda dos combustíveis, Fátima dá risada, e aproveita pra encher os bolsos de dinheiro , se preparando para a campanha do próximo ano, onde tentará à reeleição.