Estudo uruguaio diz que a presença de anticorpos contra a covid-19 em vacinados com a CoronaVac aumenta 20 vezes quando uma dose de reforço da Pfizer é aplicada.
Em entrevista a jornalistas na 6ª feira (24.set), para apresentar os resultados, o pesquisador Sergio Bianchi, do Instituto Pasteur de Montevidéu, ressaltou que os dados ainda são preliminares.
A pesquisa deve durar 2 anos e envolve mais de 200 voluntários. Está sendo conduzida desde o começo de março pelo Instituto Pasteur e pela Udelar (Universidade da República), em parceria com o Ministério da Saúde.
Dos 200 voluntários, 57 haviam completado o esquema vacinal com a CoronaVac e recebido a dose de reforço da Pfizer. Eles tiveram o sangue colhido 4 vezes:
antes de iniciarem a vacinação;
18 dias depois de completarem a imunização;
80 dias depois da 2ª dose da CoronaVac;
18 dias depois do reforço da Pfizer.
A partir da 2ª coleta, foi registrada presença de anticorpos em todos os participantes, mas com níveis variáveis. Na 3ª coleta, houve uma diminuição geral no nível de anticorpos detectados.
Com a dose de reforço, todos os participantes tiveram um aumento de anticorpos de 20 vezes em relação à 2ª amostragem.
Os pesquisadores ressaltaram ser preciso aumentar o número de pessoas analisas e “continuar a pesquisa para saber por quanto tempo os níveis de anticorpos serão mantidos”.
O Uruguai anunciou no fim de julho que aplicaria uma dose de reforço da Pfizer nos vacinados com a CoronaVac. Mais de 70% dos habitantes do país estão completamente vacinados e 24% já receberam a dose extra.
Fonte: Poder 360