Finalmente uma boa notícia. Depois de quase um ano, esta segunda-feira (13), marca o primeiro dia sem a obrigatoriedade do uso de máscaras ao ar livre em Portugal. O país está prestes a se tornar o “mais vacinado do mundo”, de acordo com o observatório Our World in Data, da Universidade de Oxford, o que tem favorecido o alívio de certas medidas de combate à pandemia de Covid-19.
Foram exatamente 318 dias de obrigatoriedade desde a aprovação da lei, em 28 de outubro do ano passado, que veio sendo sucessivamente renovada. Agora, com o cenário da pandemia mais controlado e a vacinação a todo vapor, a Direção-Geral da Saúde (DGS), órgão responsável pelas regulamentações na área em Portugal, afirma que vai readequar as orientações, mantendo apenas a recomendação do uso opcional de máscaras ao ar livre em “situações especiais, nomeadamente aglomerados previsíveis ou potenciais de pessoas, contextos específicos e situações clínicas particulares”, diz a nota enviada à imprensa.
A máscara segue sendo obrigatória dentro dos transportes coletivos – como ônibus e metrô – e no interior de órgãos públicos, supermercados, centros comerciais, lojas, cabeleireiros e restaurantes. Nas escolas, o uso é compulsório para educadores e alunos a partir dos 10 anos de idade.
O alívio desta restrição ao ar livre chega junto com o sucesso da vacinação em Portugal. De acordo com os dados do observatório Our World in Data, o país é, neste momento, o segundo do mundo com maior número de pessoas vacinadas com pelo menos uma dose: uma taxa de 87%, atrás apenas dos Emirados Árabes, que tem 89%. No entanto, Portugal já é o campeão da imunização completa, com 80%, enquanto os Emirados Árabes contam com 78% de seus cidadãos duplamente vacinados.
Com o excelente ritmo de imunização que o país conseguiu alcançar, em breve deve assumir a liderança total no ranking. De acordo com a DGS, de 30 de agosto a 5 de setembro, Portugal administrou mais de 500 mil doses de vacinas contra a Covid-19. Desse total, duas em cada três foram segundas doses aplicadas em jovens entre 12 e 24 anos.
Residente em Portugal há três anos, a brasileira Luciana Bianchi comemora. “Tomei as duas doses aqui e o que eu percebi é que foi uma evolução. O processo de vacinação em Portugal foi sendo aperfeiçoado, modificado de acordo com as necessidades e até com o comportamento da própria pandemia, das novas variantes. Então considero que foi um sucesso. Hoje, a situação que nós estamos vivendo é reflexo da adesão das pessoas à vacinação e da velocidade como tudo aconteceu”, conta à RFI.
No momento, a meta do governo é completar o ciclo de imunização nos adolescentes. O país tem três milhões de doses estocadas, o que é mais do que o necessário para atingir a vacinação em massa.
Informações do G1