O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de agosto foi de 0,89%, ficando 0,17 ponto percentual acima da taxa de julho (0,72%).
Essa foi a maior variação para um mês de agosto desde 2002, quando o índice foi de 1,00%.
No ano, o índice acumulou alta de 5,81% e, em 12 meses, de 9,30%, acima dos 8,59% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Em agosto de 2020, a variação havia sido de 0,23%.
Agosto de 2021 | 0,89% | ||||
Julho de 2021 | 0,72% | ||||
Agosto de 2020 | 0,23% | ||||
Acumulado do ano | 5,81% | ||||
Acumulado nos últimos 12 meses | 9,30% |
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta de preços em agosto. O maior impacto (0,31 p.p.) e a maior variação (1,97%) vieram de Habitação.
A segunda maior contribuição veio dos Transportes (1,11% e 0,23 p.p.), com variação próxima à do mês anterior (1,07%).
Na sequência, veio Alimentação e bebidas (1,02%), cujo resultado ficou acima do IPCA-15 de julho (0,49%) e contribuiu com 0,21 p.p. no índice do mês.
O grupo Saúde e cuidados pessoais (-0,29%), por sua vez, foi o único que apresentou queda em relação ao mês anterior e contribuiu com -0,04 p.p. para o índice geral.
Os demais grupos ficaram entre o 0,19% de Comunicação e o 1,05% de Artigos de residência.
O resultado do grupo Habitação (1,97%) foi influenciado pela alta da energia elétrica (5,00%), que acelerou frente a julho (4,79%) e exerceu o maior impacto (0,23 p.p.) no IPCA-15 de agosto.
A bandeira tarifária vermelha patamar 2 vigorou nos meses de julho e agosto, mas, a partir de 1º de julho, houve reajuste de 52% no valor adicional dessa bandeira tarifária, que passou a cobrar R$ 9,492 a cada 100 kWh. Antes, o acréscimo era de R$ 6,243.
Além disso, o resultado foi consequência dos reajustes tarifários de 8,92% em Belém (6,18%), a partir de 7 de agosto; de 11,38% em São Paulo (7,60%), a partir de 4 de julho, em uma das concessionárias; de 8,97% em Curitiba (4,78%), em 24 de junho; e 9,08% em Porto Alegre (6,88%), em 19 de junho, em uma das concessionárias, sendo que este reajuste não fora incorporado no IPCA-15 de julho e, por isso, foi captado totalmente no índice de agosto.
Ainda em Habitação, os preços do gás de botijão (3,79%) e do gás encanado (0,73%) também subiram.
No subitem gás encanado, a alta decorreu do reajuste de 5,70% no Rio de Janeiro (2,40%) a partir de 1 de agosto. Destacou-se também a variação da taxa de água e esgoto (-0,49%), por conta da mudança na metodologia de cobrança das tarifas em Belo Horizonte (-6,40%), vigente desde 1º de agosto.
Houve ainda influência residual do reajuste de 6,90% em Porto Alegre (1,84%), a partir de 1º de julho.
No grupo dos Transportes (1,11%), os preços dos combustíveis (2,02%) aceleraram em relação a julho (0,38%).
A principal contribuição (0,12 p.p.) veio da gasolina (2,05%), cuja variação acumulada nos últimos 12 meses foi de 39,52%. Os preços do etanol (2,19%) e do óleo diesel (1,37%) também subiram, enquanto o gás veicular registrou queda de 0,51%.
Os veículos próprios, que haviam subido 0,73% em julho, tiveram alta de 1,06% em agosto. Os automóveis usados (2,58%), os automóveis novos (1,52%) e as motocicletas (0,27%) permaneceram em alta e contribuíram conjuntamente com 0,09 p.p. no índice do mês.
Alguns produtos e serviços relacionados a estes subitens, como óleo lubrificante (1,68%), pneu (1,02%) e conserto de automóvel (0,37%), tiveram comportamento semelhante.
A alta de 2,93% de pedágio foi influenciada por reajustes, a partir de 1º de julho, em São Paulo (3,70%) e em Curitiba (1,01%).
Também houve redução de 10,00% em algumas praças de pedágio em Porto Alegre (-1,44%), a partir de 5 de agosto.
Deu no Portal do IBGE