Outubro Rosa faz prevenção ao câncer de mama

O décimo mês do ano tem cor e mensagem marcantes: a campanha Outubro Rosa é realizada mundialmente com o objetivo de alertar sobre o diagnóstico precoce do câncer de mama, que é a primeira causa de morte por câncer na população feminina em todo o Brasil. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), há uma projeção de 75 mil novos casos da doença até 2025 no país. Os números tornam a prevenção e o diagnóstico precoce ainda mais importantes para um tratamento eficiente.

A estimativa do INCA para o Rio Grande do Norte é de que 1.140 novos casos de câncer de mama serão diagnosticados até o final de 2024 no estado. E o Outubro Rosa tem uma grande parcela de participação nisso. Segundo o mastologista Jair Cavalcante, ainda não há como mensurar em números exatos, mas é fato que a campanha é responsável por um aumento evidente de procura por exames específicos neste mês.

“É fato que em outubro a demanda por exames de mama atinge níveis altos por causa da campanha. O apelo surte efeito, mas o ideal é que as pessoas não esperem outubro chegar para pensar no assunto”, diz o médico.

O câncer de mama é considerado um problema de saúde pública no Brasil e no mundo, pois corresponde a 30% de todos os casos de câncer na população feminina. A campanha do Outubro Rosa entra em cena para diminuir o impacto da doença nas mulheres, implementando a cultura do diagnóstico precoce que, para tratamento e cura, pode chegar até 95% quando numa fase inicial.

A detecção do temido nódulo no seio, que pode ser o primeiro sinal da doença, também precisa envolver atenção para não causar dor de cabeça desnecessária. “A gente pede à paciente que não tente adivinhar se o nódulo é maligno ou benigno. Qualquer tipo de alteração no seio deve ser comunicada imediatamente a um profissional”, enfatiza.

A campanha é também uma oportunidade para lembrar que o autoexame é importante, mas não substitui a mamografia, que ainda é o exame mais eficaz para detectar a doença em estágios iniciais.

A realização dos exames de mama também tem a ver com o perfil da mulher. O Ministério da Saúde recomenda a mamografia para mulheres a partir dos 50 anos de idade, e a Sociedade Brasileira de Mastologia a partir dos 40. Para ter acesso à mamografia e ultrassonografia pelo SUS, Jair Cavalcante orienta que a mulher deve procurar alguma Unidade de Saúde (UBS), que vai encaminhar a paciente para uma clínica ou hospital que atenda pelo SUS, como a Maternidade Januário Cicco e a Liga de Apoio Contra o Câncer, para citar os locais mais conhecidos. Também há ações do Grupo Reviver Natal e da Unidade Móvel do Sesc Saúde Mulher, entre agendamentos de exames e iniciativas educativas.

 

 

Deixe um comentário

Rolar para cima
× Receba Novidades