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Nas últimas semanas de 2025, o governo Lula (PT) liberou R$ 2,37 bilhões em emendas parlamentares, com R$ 1,5 bilhão só na semana do Natal. A pressa coincidiu com votações importantes no Congresso, como a aprovação do Orçamento de 2026, mostrando que o caixa do Legislativo segue prioridade para o Planalto.
No ano, o Executivo pagou R$ 31 bilhões dos R$ 50,4 bilhões reservados para emendas – pouco mais da metade – e ainda deixou R$ 14,3 bilhões como “restos a pagar”. No fim das contas, congressistas vão controlar diretamente R$ 45,3 bilhões. Nada mal para quem está de olho em obras e projetos com dinheiro público.
As emendas têm três tipos: individuais, obrigatórias desde 2015; de bancada, impositivas desde 2019; e de comissão, decididas por grupos temáticos e sem pagamento obrigatório. A lei permite que todo o dinheiro de 2025 seja pago até 31 de dezembro, e Lula fez questão de concentrar os pagamentos exatamente no fim do ano.
A pressão do Centrão ficou clara ao longo do ano. O ritmo de liberação aumentou em dezembro: R$ 2 bilhões entre 1º e 3, R$ 26,4 bilhões em 6 e R$ 27,4 bilhões em 11 de dezembro, um dia depois do plenário arquivar a cassação do deputado Glauber Braga.




