Foto: Agência Senado
O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias saiu em defesa total da decisão de Gilmar Mendes que, na prática, blinda ministros do STF de qualquer pedido de impeachment vindo da sociedade. Pelo entendimento do decano, só a Procuradoria-Geral da República poderia apresentar esse tipo de ação — tirando do jogo cidadãos e parlamentares.
Lindbergh, repetindo o discurso que virou marca do PT, disse que permitir que o Congresso avalie pedidos de impeachment seria transformar o Parlamento em um “superpoder”. Para ele, a decisão de Gilmar vem no momento em que “a extrema-direita” — como o PT chama qualquer um que discorde — tenta “subverter” o sistema de 1988 e “enfraquecer” o STF.
O petista ainda citou um livro escrito pelo próprio Gilmar para justificar a blindagem, afirmando que não há “autoproteção corporativa”, mas sim “restauração dos limites constitucionais”.
A ironia não passou despercebida em Brasília: governo Lula e aliados fazem de tudo para fortalecer o Supremo, enquanto o país enfrenta decisões cada vez mais polêmicas vindas da Corte. Em meio a esse debate, cresce a pressão no Congresso e na opinião pública por limites mais claros ao poder do STF.



