Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O presidente da Câmara, Hugo Motta irritou aliados do presidente Lula ao escolher o deputado Guilherme Derrite, secretário de Segurança no governo de Tarcísio de Freitas, para relatar o Projeto de Lei Antifacção. A iniciativa do governo visa combater facções criminosas, mas a escolha de Derrite foi vista como provocação.
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, criticou duramente a decisão: “É um desrespeito com o presidente Lula. Parece um interesse deliberado de atrasar ou inviabilizar a pauta prioritária do governo na área de segurança pública.”
Derrite afirmou que apresentará um substitutivo ao projeto, acatando pontos do governo federal, mas introduzindo mudanças que considera essenciais para criar um “novo Marco Legal de Combate ao Crime Organizado no Brasil”. O parlamentar voltou à Câmara recentemente para relatar outro projeto da oposição que equipara facções a organizações terroristas.
A movimentação acende o alerta sobre a tensão entre governo federal e aliados do Republicanos e PP na Câmara. A escolha do relator indica que a tramitação do projeto antifacção pode sofrer alterações significativas, mesmo sendo prioridade do governo Lula.




