Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
A Defensoria Pública do Rio de Janeiro pediu ao STF autorização para fazer perícias próprias sobre os mais de 120 mortos na operação das forças de segurança contra o Comando Vermelho, nos complexos da Penha e do Alemão. A ação, realizada na terça-feira (28), foi uma das maiores ofensivas contra o crime organizado no estado.
O órgão alegou que houve “violação de direitos humanos” e descumprimento da decisão do STF conhecida como ADPF das Favelas, que impõe limites às operações policiais em comunidades, conforme O Antagonista. A Defensoria também reclamou da suposta falta de ambulâncias, do fechamento de escolas e postos de saúde e da ausência de isolamento da área onde ocorreu o confronto.
Enquanto isso, o governador Cláudio Castro divulgou vídeos mostrando pessoas mexendo nos corpos de criminosos mortos — supostamente para alterar a cena e tentar culpar a polícia. Segundo a Polícia Civil, os bandidos estavam vestidos com roupas camufladas, coletes e coturnos, mas os moradores retiraram tudo antes de filmar, para que parecessem civis desarmados.
O secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, ironizou a tentativa de manipulação: “É um milagre que isso operou. Parece que entraram num portal e trocaram de roupa”. Um inquérito foi aberto para investigar a fraude processual.




