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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta quarta-feira (29) que terrorismo e facções criminosas são fenômenos distintos e não devem ser confundidos. A declaração foi feita durante coletiva de imprensa ao lado do governador Cláudio Castro, no Rio de Janeiro, em meio ao debate sobre o enquadramento de organizações como o Comando Vermelho na Lei Antiterrorismo.
“Uma coisa é terrorismo, outra são facções criminosas. O terrorismo envolve sempre uma nota ideológica, uma atuação política, repercussão social e fatores ideológicos. Já as facções criminosas são constituídas por grupos que sistematicamente praticam crimes previstos no Código Penal. É muito fácil identificar o que é uma facção criminosa. Já o terrorismo envolve uma avaliação mais subjetiva”, explicou o ministro.
A discussão ganhou força após uma megaoperação policial no estado, que resultou na morte de mais de 100 suspeitos. Segundo Lewandowski, o governo federal não pretende interferir na ação, considerada de responsabilidade exclusiva do estado. “Estamos acompanhando à distância, oferecendo ajuda naquilo que for possível. Temos uma posição que já foi externada várias vezes”, disse.
Durante a coletiva, o ministro e o governador anunciaram uma parceria entre os governos federal e estadual para intensificar o combate ao crime organizado. Cláudio Castro destacou que o Palácio do Planalto ofereceu apoio imediato, com a criação de um Escritório Emergencial de Enfrentamento ao Crime Organizado e integração entre Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF). “Independente de erros ou acertos, saímos daqui hoje com uma grande oportunidade”, afirmou o governador.
Com informações da CNN Brasil




