Reajuste de mensalidade escolar em 2026 deve ser o dobro da inflação

Ainda faltam três meses para o fim do ano, mas pais e mães já preparam o bolso para 2026: escolas particulares devem reajustar as mensalidades para o próximo ano letivo, em média, em 9,8%. O patamar é mais que o dobro da inflação prevista para este ano pela pesquisa Focus, do Banco Central, de 4,83%. A projeção é de um levantamento do Grupo Rabbit, consultoria especializada em instituições privadas de ensino.

A pesquisa ouviu 308 escolas particulares de todas as regiões, e mostra que o aumento deve pesar mais no bolso do que nos últimos anos. Em 2023, a média calculada foi de 9,3%, enquanto no ano passado o índice ficou em 9,5%.

A maior parte das escolas começa a informar as famílias sobre a renovação das matrículas, com os valores reajustados das mensalidades, no fim deste mês. Christian Coelho, CEO da consultoria, explica que três fatores entram no cálculo dos colégios para definir a correção: a inflação do período (que acumula alta de 5,13% nos 12 meses até agosto), os investimentos feitos no ano anterior e o reajuste dos salários dos professores.

— O grande custo das escolas é a manutenção e os investimento em novas atividades e recursos, como programas bilíngues — diz.

Na ponta, pais e responsáveis mudam o orçamento para dar conta dos reajustes, que variam de acordo com a escola. O GLOBO recebeu circulares distribuídas às famílias de 15 escolas no Rio e em São Paulo.

Na capital fluminense, o reajuste mais acentuado nesse grupo foi do Saint John, na Barra da Tijuca, que prevê aumento de 8,5% a 12,5%, dependendo da data de renovação da matrícula. A escola foi procurada, mas não se manifestou.

O mesmo modelo é adotado pelo Inovar Veiga de Almeida, na Barra, no qual o reajuste varia de 7% a 11%. Segundo a instituição, pesam na conta a correção salarial de professores e profissionais do administrativo, além de custos diretos, como manutenção e papelaria.

— Fazemos uma previsão orçamentária dos projetos e investimentos do ano que vem e decidimos optar por uma tabela progressiva porque quanto antes tivermos as rematrículas, conseguimos uma melhor margem de negociação com os fornecedores — justifica Tainá Magaldi, diretora financeira da unidade.

O Globo

 

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