Foto: Brenno Carvalho/O Globo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem previsão de embarque para Nova York neste domingo (21) para participar 80ª Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), que acontece entre segunda-feira (22) e quarta-feira (24).
A semana, porém, foi marcada por polêmicas sobre vistos para os Estados Unidos. A revogação do documento para entrada no país é um dos tipos de sanções adotadas pelo governo de Donald Trump contra autoridades brasileiras.
Lula está com o visto vigente e tem presença confirmada no evento. No entanto, a comitiva que o acompanhará ainda não está definida e pode ser reduzida, a depender da emissão ou não de vistos pela parte norte-americana.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recebeu na última quinta-feira (18) seu visto. Ele foi convidado para participar da conferência internacional da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), além do evento principal.
“Eu recebi o visto hoje daquilo que é uma obrigação de um país que tem um acordo sede com o organismo internacional da ONU e da Opas, que tem que garantir o acesso”, afirmou o ministro após visitar o Centro Especializado em Reabilitação II/CEAL-LP, em Brasília.
Padilha estava com seu visto vencido desde 2024. Em agosto, o governo norte-americano cancelou os vistos de sua esposa e filha de 10 anos. A medida também atingiu servidores federais que, em 2013, participaram da execução do programa Mais Médicos, criado durante a gestão da então presidente Dilma Rousseff (PT).
De acordo com a Casa Branca, médicos cubanos que atuaram no Brasil pelo programa teriam sido submetidos a condições de exploração semelhantes à escravidão.
No acordo de sede da ONU nos EUA existe uma obrigação para o país oferecer vistos para participação na Assembleia Geral. Segundo o Itamaraty, qualquer medida que não se conforme com o estabelecido no acordo é uma violação legal.
CNN