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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve participar neste domingo (3) do encerramento de um encontro nacional do Partido dos Trabalhadores (PT). O evento definirá as estratégias da sigla para os próximos anos.
Reunidos desde a sexta-feira (1º), petistas têm discutido um documento que vai orientar a nova gestão do PT, sob comando de Edinho Silva.
Ex-prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva foi eleito em julho para um mandato de quatro anos à frente do partido. Ele tomará posse no ato deste domingo, ao lado de Lula, que o apoiou na disputa interna da legenda.
Organização para 2026
Além de Edinho Silva, novos dirigentes também serão empossados. Entre eles, está o ex-ministro José Dirceu. Aliado histórico de Lula, Dirceu retornará à direção nacional do partido depois de anos.
Das discussões no encontro nacional do PT, nascerá o documento que orientará a atuação do partido e que deve destacar os desafios da candidatura de Lula à reeleição. A disputa do próximo ano tem sido avaliada internamente como uma das mais complexas dos últimos anos.
O documento final do evento deste domingo deverá defender a aliança com partidos e cobrar melhorias na comunicação do governo e com evangélicos.
“Além de fazer a mais ampla aliança democrática possível, de partidos e organizações sociais, precisamos constituir um vasto movimento popular, que vá além do campo político e incorpore milhões de pessoas comuns que acreditam na liberdade e na democracia”, diz trecho do documento.
A proposta sinaliza que o PT deve buscar “pessoas que muitas vezes não são de esquerda”. Há também a indicação para que a militância petista mantenha proximidade com católicos e aprofunde o diálogo com evangélicos – segmento da sociedade que tende a escolher políticos de direita.
Há, ainda, uma cobrança de que o partido entre no debate da segurança pública no Brasil. O documento afirma que, apesar dos esforços da atual gestão de Lula, a “verdade é que o problema continua em aberto e parece exigir uma nova abordagem”.
Volta de Dirceu
O evento deste fim de semana também deve confirmar o retorno do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu à direção nacional do PT.
Ao g1, Edinho Silva afirmou que Dirceu ocupará uma das vagas a que a Construindo um Novo Brasil (CNB), ala dominante do partido, tem direito na nova composição do diretório nacional.
Condenado no mensalão e em desdobramentos da Operação Lava Jato, José Dirceu tem voltado aos holofotes da política desde a campanha de Lula em 2022.
Celebrado e tietado nas fileiras petistas, Dirceu tem articulado uma candidatura à Câmara em 2026. Em outubro de 2024, o ex-ministro voltou a ser elegível por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
Deu no G1