VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES
Enrolado até os últimos fios de cabelo com o tarifaço de Donald Trump, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) teria uma “única saída” para continuar como um nome viável da direita para 2026, avaliam petistas.
Para lideranças do PT ouvidas pela coluna, o filho “03” de Jair Bolsonaro só se viabilizará se conseguir mostrar à sociedade ter sido o responsável por reverter a tarifa de 50% sobre importações brasileiras prometida por Trump.
Caso consiga reverter o tarifaço, independentemente de obter ou não a anistia aos condenados pelo 8 de janeiro, Eduardo mostraria ter realmente influência dentro da Casa Branca e, assim, crescer na direita para 2026.
A aposta de petistas, entretanto, é de que a solução para o tarifaço virá pelas vias diplomáticas tradicionais, capitaneadas pelo Itamaraty e pelo vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB).
Eduardo está nos Estados Unidos desde março deste ano, quando pediu licença de seu mandato como deputado federal para, segundo ele, articular sanções do governo Trump contra o ministro do STF Alexandre de Moraes.
Culpa de quem?
Após as sanções, Eduardo, junto do jornalista Paulo Figueiredo, tem afirmado que seriam os responsáveis pelas conversas com a Casa Branca que geraram as tarifas às importações brasileiras.
A dupla promete barrar qualquer investida que não seja por meio deles para negociar com Trump. Para eles, a única saída para reverter o tarifaço seria uma anistia “ampla, geral e irrestrita”, além do impeachment de Moraes.
Deu no Metrópoles