SAMUEL REIS/METRÓPOLES
Após colocar tornozeleira eletrônica, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta sexta-feira (18/7), que nunca teve a intenção de deixar o Brasil. Bolsonaro alega ser alvo de “suprema humilhação”.
“Nunca pensei sair do Brasil e nunca pensei em ir para embaixada”, disse a jornalistas. “O objetivo é de suprema humilhação”, considerou o ex-presidente, que foi alvo de operação da Polícia Federal (PF) na manhã desta sexta-feira.
Questionado sobre as restrições determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, Bolsonaro disse que a proibição do uso das redes sociais seria sua única defesa e que estaria sendo “sufocado”.
Bolsonaro considerou que a sua acusação de participar da tentativa de golpe de Estado é “perseguição”. Segundo ele, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) “não tem nada, só suposições”.
Operação da PF contra Bolsonaro
A Polícia Federal cumpre dois mandados de busca e apreensão contra endereços ligados a Bolsonaro. A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso da trama golpista no STF.
Como mostrado pelo Metrópoles, na coluna de Andreza Matais, Moraes determinou a proibição de Jair Bolsonaro se comunicar com seu filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputado licenciado – ele está nos Estados Unidos.
Conforme publicado pelo Metrópoles, na coluna de Igor Gadelha, a contagem inicial indica a apreensão de cerca de 14 mil dólares. A jornalistas Bolsonaro informou que outros R$ 7 mil foram retidos.
Confira as medidas cautelares impostas:
- recolhimento domiciliar entre 19h e 6h de segunda a sexta e em tempo integral nos fins de semana e feriado;
- monitoramento com tornozeleira eletrônica;
- proibido de manter contato com embaixadores, autoridades estrangeiras e de se aproximar de embaixadas e consulados.
Na decisão, Moraes afirmou que as medidas cautelares contra Jair Bolsonaro foram tomadas para evitar eventual fuga do ex-presidente do país.
“A situação descrita revela necessidade urgente e indeclinável, apta para justificar a imposição de novas medidas cautelares que possam assegurar a aplicação da lei penal e evitar a fuga do réu”, argumentou o ministro.
Deu no Metrópoles