(Foto: Pablo Jacob/Governo do Estado de SP)
O governo Lula ironizou a iniciativa do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para tentar reverter o tarifaço anunciado por Donald Trump.
O chefe do Executivo paulista se reuniu nesta sexta-feira (11) com o encarregado de Negócios dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, pedindo uma revisão da sobretaxa de 50% aos produtos brasileiros, como antecipou a CNN.
Integrantes do Itamaraty e do Planalto apontam que Escobar não tem acesso à Casa Branca, nem estofo para influenciar em uma reversão da medida com Trump.
Desde que voltou ao poder, Trump não indicou um embaixador para o Brasil.
Nesta semana, o encarregado de negócios foi chamado duas vezes ao Itamaraty para dar explicações sobre o tarifaço. Foi recebido pela embaixadora Maria Luísa Escorel, secretária de Europa e América do Norte.
Por não ser o embaixador, a agenda de Escobar não é com o chanceler Mauro Vieira nem com a secretária-geral das Relações Exteriores, Maria Laura da Rocha.
Na avaliação de integrantes do governo, o gesto é “factoide político” e uma reação desesperada de quem “criou o problema” com o alinhamento automático ao presidente dos Estados Unidos e tem sido cobrado pela medida que penaliza a indústria e o agronegócio.
Sob reserva, opositores confirmam à CNN que a estratégia é se vender como “salvador da pátria” após ter criado o problema para o Brasil.
Trump anunciou a medida em uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no qual ele diz que, se o Brasil impuser tarifas em retaliação, o mesmo valor será adicionado aos 50% de taxa que ele anunciou nesta quarta-feira.
O presidente americano inicia o texto falando do julgamento de Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado e diz que se trata de uma “vergonha internacional” e “caça às bruxas”.
O governo Lula tem responsabilizado Bolsonaro, familiares e aliados pela aplicação da tarifa e apontado ser uma sanção política de olho nas eleições de 2026.
Deu na CNN por ‘Jussara Soares’