(Foto: Ricardo Stuckert/PR)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desistiu de um pronunciamento em cadeia nacional para rebater a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% a produtos brasileiros.
O governo cogitou veicular um discurso em rede na quinta (10) ou na sexta (11). Assessores do presidente, no entanto, avaliaram ser melhor aguardar as negociações até agosto, data prevista para as novas taxas entrarem em vigor.
Conforme adiantou a CNN, o governo vai acionar a OMC (Organização Mundial do Comércio) para entender quais os melhores caminhos a serem seguidos nessas tratativas. Além disso, Lula tem reforçado que se necessário utilizará a Lei da Reciprocidade.
“Vou tentar brigar em todas as esferas para que não venha a taxação. Vou brigar na OMC, vou conversar com meus companheiros do Brics. Agora, se não tiver jeito no papo, nós vamos estabelecer a reciprocidade: taxou aqui, vamos taxar lá. Não tem outra coisa a fazer”, disse o presidente durante agenda nesta sexta (11), no Espírito Santo.
Também nesta sexta-feira (11), Trump deixou em aberto a possibilidade de conversar com Lula sobre as tarifas “em algum momento”. Reforçou, no entanto, defesa a Jair Bolsonaro. Disse que o ex-presidente é tratado de forma “muito injusta” e relembrou quando negociou com então presidente no contexto das tarifas aplicadas pelos Estados Unidos durante o primeiro mandato de Trump.
“Eu o conheço bem [Bolsonaro]. Negociei com ele. Posso dizer que ele é um homem muito honesto”, afirmou.
Deu na ‘CNN Brasil’