Lula quer que Polícia Federal e Procon investiguem por que combustíveis estão caros

(Foto: Reprodução)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se mostrou incomodado com os preços praticados pelos postos de combustíveis mesmo após a redução de valores anunciada pela Petrobras (PETR4) no início de junho. A ordem é que diferentes órgãos federais investiguem por que os descontos não estão chegando ao consumidor.

“A Petrobras faz um esforço extraordinário e esse desconto não chega? Quem paga o pato é o consumidor. (…) É preciso fiscalizar e saber se os preços estão sendo justos ou tem alguém tentando enganar o consumidor brasileiro”, disse durante anúncio de investimentos da Petrobras, em evento realizado em Duque de Caxias (RJ).

O recado foi direcionado à Agência Nacional do Petróleo (ANP), Procons estaduais, Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e Polícia Federal. Para Lula, esses órgãos precisam fiscalizar e não permitir que os combustíveis, principalmente o diesel, não seja vendido a um preço acima do esperado. O presidente também orientou o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, a se reunir com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, para discutir esse assunto.
“Ou vamos ser tratados como imbecis por anunciarmos as coisas e elas não acontecerem na ponta”, afirmou.

Em junho, a Petrobras anunciou redução do preço da gasolina nas refinarias de 17 centavos por litro. Com isso, o preço médio da chamada “gasolina A” para as distribuidoras passou a ser de 2,85 reais por litro, uma queda de 5,6% em relação ao valor cobrado anteriormente. Na ponta, no entanto, a redução ficou em apenas 5 centavos, ou 0,78% de queda, com um preço médio de 6,38 reais na bomba.

Lula também reclamou do preço do gás de cozinha, que sai da refinaria a 38 reais, mas chega a alguns estados a 140  reais para o consumidor. “Se tivéssemos uma BR (Distribuidora), poderia ajudar a chegar no consumidor, mas não temos”, reclamou. A BR Distribuidora era uma subsidiária da Petrobras, mas foi vendida em um processo que teve início em 2017 (governo Temer) e concluído durante o governo Bolsonaro.

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