Liberação da Ponte de Igapó aumenta movimento no Alecrim

Foto: Alex Régis

 

O comércio do Alecrim começou a dar sinais de recuperação após a liberação de uma das faixas da Ponte de Igapó, que liga a Zona Norte às demais zonas administrativas de Natal. A interdição parcial da via durou 20 meses e provocou forte impacto na rotina do bairro, de acordo com empresários. Durante o período, os lojistas reclamaram principalmente do afastamento dos consumidores da Zona Norte e, consequentemente, do impacto nas vendas.

A Associação dos Empresários do Bairro do Alecrim (AEBA) estima que durante o período de mais de um ano e meio de interdição de uma das faixas da Ponte de Igapó houve uma queda de até 80% no volume de consumidores vindos da Zona Norte da capital. Pelo menos quatro empreendimentos fecharam as portas nesse intervalo, sendo que dois deles abriram em outros endereços, com espaços menores.

 

Após a liberação, o cenário começou a mudar: comerciantes relatam aumento no fluxo de pessoas e uma recuperação gradual no faturamento. As quatro faixas da ponte foram liberadas no dia 23 de março, após 20 meses de obras de recuperação que provocaram perdas significativas no comércio da região.

 

“Percebemos um fluxo maior de clientes, usando principalmente o transporte público. As pessoas conseguem chegar mais rápido”, afirma Matheus Feitosa, presidente da AEBA. Segundo ele, a redução no tempo de deslocamento tem contribuído ainda para o bem-estar dos trabalhadores. “Os comerciantes iniciam o dia com menos estresse, já que não precisam sair tão cedo para enfrentar o trânsito”, comenta.

 

O proprietário do Iskita Atacado, Sergio Cirne, também reforça a percepção positiva após a liberação da via. “Cerca de 80% dos nossos funcionários moram na Zona Norte”, afirmou.

 

A AEBA acrescenta que o acesso facilitado também incentiva o retorno dos consumidores. “A curto prazo, temos certeza de que o fluxo vindo da Zona Norte aumentou. Isso estimula as pessoas a voltarem ao Alecrim sem o receio dos engarrafamentos”, diz Feitosa.

 

A relevância da Ponte de Igapó para o comércio local também inclui a questão logística. Segundo a entidade, além dos consumidores, muitos fornecedores, distribuidores e indústrias da Zona Norte utilizam o trecho para acessar o Alecrim. “Caminhões passam por esse trecho diariamente para abastecer os depósitos e lojas”, sublinha.

 

No comércio informal, o impacto também foi sentido. Djalma Sabino, presidente do Camelódromo do Alecrim, afirma que, com a interdição da ponte, as pessoas que moram na zona Norte deixaram de frequentar o bairro comercial. “Agora, as pessoas têm mais facilidade para vir ao Alecrim. Antes, quem morava na Zona Norte resolvia tudo por lá mesmo”, comenta.

 

Já o gerente de loja Areia Branca, Erivelton Gomes, destaca o aumento na movimentação interna. “Antes da liberação, não havia filas nos caixas. Agora, percebemos que as filas estão voltando”, declara.

 

Além do aumento no fluxo de pessoas, para os comerciantes a liberação da ponte também fez com que os clientes passassem a ficar por mais tempo no bairro. “Sentimos até a população sem a preocupação com o retorno, pois não existem mais os engarrafamentos que travavam o trânsito antes das reformas”, disse Denerval Sá Júnior, proprietário da Casa Sarmento.

 

Com a retomada do movimento, a expectativa da AEBA é que novos investimentos sejam realizados no tradicional bairro comercial nos próximos meses.

 

Deu na ‘Tribuna do Norte’

Deixe um comentário

Rolar para cima