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Assim que a Justiça do Peru decretou a prisão da ex-primeira-dama do país por corrupção e lavagem de dinheiro, o presidente Lula não hesitou: ordenou o envio imediato de um avião da Força Aérea Brasileira para trazê-la ao Brasil e oferecer asilo político.
A operação foi executada com agilidade impressionante – antes mesmo de a polícia peruana conseguir cumprir o mandado, a condenada já estava em solo brasileiro, protegida por um governo que opera com presteza quando os interesses são políticos.
No caso de Juliana Marins, brasileira de 26 anos desaparecida desde a última sexta-feira (20) em uma trilha na Indonésia, o mesmo Estado se mostrou omisso. A jovem, ainda com vida nos momentos iniciais após o acidente, não recebeu socorro imediato, nem mesmo o envio de aeronaves ou equipes de resgate.
Juliana não morreu simplesmente: ela foi deixada para morrer. Foi abandonada. Faltou ação. Faltou humanidade. Faltou governo.
Enquanto o Planalto mobiliza recursos públicos para proteger aliados estrangeiros envolvidos em esquemas criminosos, ignora cidadãos brasileiros em situação crítica, isolados, sem acesso a atendimento emergencial. Ao Conexão Política, a família de Juliana relatou na tarde de domingo que continuava sem qualquer resposta oficial. Nenhum contato. Nenhuma ligação. Nenhum sinal do Itamaraty ou de autoridades brasileiras. “Estamos no escuro”, disseram.
Esse é o retrato da máquina pública brasileira: rápida e eficiente quando se trata de proteger políticos condenados, mas paralisada diante do sofrimento de seus próprios cidadãos. O Brasil que cobra caro em impostos não entrega nem o mínimo em contrapartida: um Estado que abandona seu povo na hora mais urgente.
Se essa tragédia tivesse ocorrido em outro governo, o alarde seria imediato. Haveria cobranças públicas, ações do Ministério Público, manchetes indignadas e exigências do Supremo Tribunal Federal com prazos de 24 horas para explicações. Mas, como é o governo Lula, o silêncio impera. A culpa nunca recai sobre ele, nem sobre seus ministros ou aliados. A grande imprensa, que deveria exercer seu papel de vigilância, se cala diante do abandono. Este é o Brasil.
Deu no ‘Conexão Política Brasil’