Leão XIV lamenta atentado contra cristãos em igreja na Síria

Ataque suicida dentro da Igreja de Santo Elias, em Damasco. Reprodução.

 

O papa Leão XIV expressou “sincera solidariedade” aos familiares das vítimas do atentado terrorista que deixou 25 mortos e mais de 60 feridos na Igreja greco-ortodoxa de Santo Elias, em Dweilaa, Damasco, na Síria, no domingo, 22.

Um homem atirou contra os fiéis e, depois, detonou um colete explosivo.

Em telegrama assinado pelo secretário de Estado Vaticano, cardeal Pietro Parolin, o Pontífice fez uma oração pelos que choram a perda dos entes queridos e aos feridos.

“Ao encomendar as almas dos falecidos à amorosa misericórdia de nosso Pai Celestial”, diz trecho do documento, que prossegue: “invoca os dons de consolação, cura e paz do Todo-Poderoso sobre a nação”.

O sacerdote da igreja Saint Joseph, Baselios – que estava reunido em culto no momento do atentado a Igreja Santo Elias -, disse ter ouvido os tiros e gritos.

“Eu estava pregando quando os tiros começaram. Depois vieram os gritos. Todos instintivamente se jogaram no chão. O medo era indescritível.

Estávamos todos em choque, paralisados pelo horror. O momento que realmente me deixou impotente foi quando uma criança, que perdeu a família, correu até mim dizendo: ‘Me esconda, padre, eu não quero morrer”, afirmou Baselios à ONG Portas Abertas.

Foi o primeiro grande ataque terrorista contra cristãos desde a queda do regime de Bashar Assad.

Saraya Ansar al-Sunna

Inicialmente, as autoridades do governo da Síria apontaram que o terrorista fazia parte do Estado Islâmico.

No entanto, o grupo terrorista Saraya Ansar al-Sunna reivindicou a autoria do atentado.

Essa organização, de vertente sunita, surgiu em outubro do ano passado como uma dissidência do Ha’yat Tahrir al-Sham (HTS), antes da deposição do regime de Assad.

Desde a queda do ditador, em dezembro de 2024, o al-Sunna fixou duas agendas: atacar a alauítas, cristãos, drusos e xiitas e ser oposição ao governo de Ahmed al-Sharaa.

Uma das preocupações dos Estados Unidos – que flexibilizaram as sanções econômicas impostas ao país – é justamente o recrudescimento de células terroristas na Síria.

Deu no ‘O Antagonista’

Deixe um comentário

Rolar para cima