Chile afasta magistrado da Suprema Corte por corrupção; Gilmar Mendes blinda STF no Brasil

Foto: Claudio Cavalieri/Senado do Chile

O Senado do Chile aprovou a “acusação constitucional” contra o ministro da Suprema Corte Diego Simpertigue por grave negligência no cargo. A Câmara já havia aprovado o mesmo pedido por unanimidade na semana passada. Este é o terceiro impeachment de juiz da Suprema Corte chilena em 2025, segundo informações da Crusoé.

Simpertigue foi acusado de receber benefícios ilícitos de advogados do consórcio chileno-bielorrusso Belaz Movitec. A empresa ganhou mais de 17 bilhões de dólares da mineradora estatal Codelco e o juiz votou a favor da companhia em julgamentos realizados em 28 de setembro de 2023 e 14 de março de 2024.

Em seguida, ele fez um cruzeiro de dez dias pela Europa com um dos advogados do consórcio; a esposa do juiz também participou da viagem. Em abril de 2023, outro cruzeiro foi feito com advogados após decisão no caso imobiliário Fundamenta.

Outros ministros destituídos este ano foram Ángela Vivanco e Sergio Muñoz. No Brasil, ao contrário do Chile, nenhum ministro do STF jamais passou por impeachment.

Prevendo críticas e possível maioria de oposição no Senado, Gilmar Mendes aumentou o quórum necessário para depor um ministro de maioria simples para dois terços e passou a exigir que pedidos de impeachment sejam analisados pela Procuradoria-Geral da República.

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