‘Nem chefes do tráfico enfrentam isso’, diz Carlos Bolsonaro após STF liberar cirurgia do pai

Foto: Beto Barata/ PL – Arquivo

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro gerou reação imediata do vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ). Em publicação nas redes sociais, ele criticou as restrições impostas ao pai e afirmou que o Judiciário ignora um quadro de saúde considerado grave pela família.

“Nem chefes do tráfico costumam enfrentar” as condições impostas ao ex-presidente, escreveu Carlos ao criticar o regime atual aplicado a Bolsonaro.

Carlos disse que laudos médicos enviados ao STF apontam doenças crônicas, como problemas cardíacos, hipertensão, apneia do sono, refluxo severo e câncer de pele, além de crises recorrentes com vômitos e uso contínuo de medicamentos. Para ele, a manutenção das medidas afronta a dignidade humana e coloca a vida do ex-presidente em risco.

O vereador também criticou as condições de custódia, citando duas horas diárias de banho de sol e visitas familiares limitadas a 30 minutos por semana, que classificou como mais rígidas do que as aplicadas a presos de alta periculosidade.

A manifestação ocorreu após Moraes autorizar uma cirurgia de hérnia inguinal bilateral em Bolsonaro, com base em laudo médico da Polícia Federal. Apesar disso, o ministro negou o pedido de prisão domiciliar, afirmando que o ex-presidente não cumpre os requisitos legais para a mudança de regime.

Na decisão, Moraes também mencionou descumprimento de medidas cautelares e tentativa de fuga em período anterior, além de manter restrições sobre sessões de fisioterapia. Carlos Bolsonaro afirmou que o caso revela, segundo ele, o “retrato jurídico e humano do regime aplicado hoje no Brasil”.

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