Foto: João Gilberto
Em uma intervenção contundente durante a sessão plenária da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN) nesta quarta-feira (19), o deputado José Dias (PL) não apenas reforçou as críticas à gestão de obras hídricas no estado, mas também celebrou a aprovação da Lei Antifacção na Câmara Federal, classificando-a como uma derrota para o governo.
O parlamentar iniciou seu pronunciamento expressando solidariedade ao discurso do deputado Gustavo Carvalho (PL), que havia contestado as declarações do deputado Francisco do PT sobre as ações no setor hídrico. Dias ampliou o debate, acusando a esquerda, representada pelo PT, de utilizar a “manipulação de fatos” e “mentiras absolutas” como uma técnica política.
Em seguida, o deputado direcionou sua atenção para a votação da Lei Antifacção na Câmara Federal, ocorrida ontem. Ele celebrou a aprovação, descrevendo-a como uma vitória para o país. “O governo trabalhou contra. Gastou dinheiro público contra. Fez todo o tipo de pressão”, afirmou Dias, destacando que a votação registrou 346 votos a favor e apenas 40 contra.
José Dias enfatizou que o resultado não se deu apenas por um “gesto de satisfação da Câmara Federal”, mas sim pela “pressão do povo” e pelas pesquisas que, segundo ele, demonstravam apoio popular unânime ao combate ao terrorismo. O deputado defendeu a adaptação do relatório da lei ao longo das discussões como um processo normal do Parlamento, citando sua própria experiência como relator de projetos na Casa.
Ao detalhar a severidade da nova legislação, o parlamentar ressaltou que a Lei Antifacção prevê penas de até 66 anos para chefes de quadrilhas e grupos terroristas, além da obrigação de cumprir 70% da pena em regime fechado e a prisão automática em presídios federais para os líderes. Dias manifestou sua convicção de que o Senado Federal aprovará a matéria com a mesma maioria e que o Presidente da República “não terá coragem de vetar”, devido à pressão da opinião pública. Ele concluiu seu discurso conclamando à vigilância e ao apoio contínuo a essa “guerra” contra a “mentira institucional” na vida pública brasileira.




