Foto: Agência Senado
O Senado aprovou nesta quarta-feira (12) a recondução de Paulo Gonet ao comando da Procuradoria-Geral da República (PGR) por mais dois anos, até o fim de 2027. Foram 45 votos a favor e 26 contra — uma margem bem menor do que a da sua primeira indicação, em 2023, quando o procurador teve apoio folgado de 65 senadores.
A votação secreta foi conduzida pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre, que convocou um “esforço concentrado” para garantir o quórum, já que parte dos parlamentares estava na COP30, em Belém (PA). Antes de ir ao plenário, Gonet foi sabatinado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde recebeu 17 votos favoráveis e 10 contrários — um sinal claro do aumento da resistência da oposição.
Durante a sabatina, senadores criticaram a atuação da PGR em investigações sobre o chamado “plano de golpe de Estado” após as eleições de 2022. Gonet foi cobrado por parlamentares de direita sobre o tratamento dado aos presos dos atos de 8 de janeiro, e respondeu que o tema da anistia é “polêmico” e deve ser decidido pelo Congresso.
Ele defendeu que a PGR “não tem cores nem bandeiras partidárias” e que o procurador-geral “não julga, apenas encaminha os fatos apurados”.




