Foto: divulgação
A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro divulgou um novo número de armas apreendidas na megaoperação feita na última terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte da Cidade — que terminou com 121 mortos, sendo quatro policiais. Até então, as autoridades contabilizavam 118 armas.
Uma recontagem foi feita e inclusos dois fuzis apresentados em outras delegacias, passando o total para 93. Há ainda 26 pistolas e um revólver, além de explosivos, munições, drogas e equipamentos militares utilizados pelo Comando Vermelho. Um levantamento técnico feito pela Coordenadoria de Fiscalização de Armas e Explosivos (CFAE) estima que todo este arsenal tenha um valor de R$ 12,8 milhões.
As armas são provenientes de diferentes países da América do Sul e da Europa, como Venezuela, Argentina, Peru, Bélgica, Rússia, Alemanha e Brasil. O material, segundo a Polícia Civil, também contém armas desviadas das Forças Armadas e fuzis montados com peças contrabandeadas ou adquiridas legalmente na internet.
– Cada fuzil retirado de circulação representa uma vida salva. Vamos continuar enfrentando quem lucra com o medo e com a morte. O Estado está presente, atuando com rigor e estratégia para enfraquecer o poder do narcotráfico e devolver o Rio de Janeiro aos cidadãos de bem — diz o governador Cláudio Castro (PL).
Os fuzis apreendidos agora passarão por uma perícia. A Polícia Civil também compartilhará dados com o Exército Brasileiro para rastrear a origem de armamentos desviados. O delegado Vinícius Domingos, da CFAE, explicou que muitas armas trazem inscrições e símbolos de quadrilhas de outros estados.
– Nas gravações e inscrições, encontramos referências a grupos como a Tropa do Lampião, formada por criminosos vindos do Nordeste e associados ao Comando Vermelho. É uma evidência da expansão da facção para outras regiões do país – destacou Domingos.
O Globo




