Foto: Gabriela Biló/Folhapress
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), tem reforçado sua defesa do nome de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para o Supremo Tribunal Federal e deixou claro que não atuará para aprovar Jorge Messias, advogado-geral da União e escolha de Lula. A movimentação de Alcolumbre tem freado o andamento da indicação e levado Pacheco a adiar decisões sobre seu futuro político e uma eventual candidatura ao Governo de Minas Gerais.
Nos bastidores, senadores avaliam que Alcolumbre não deve sabotar Messias, mas também não fará qualquer esforço para ajudá-lo. O próprio senador disse a Lula que trabalhar a favor do advogado seria uma “traição” ao amigo Pacheco. A postura reflete o clima no Senado, onde parlamentares de diferentes partidos manifestam apoio à ideia de ter um ex-presidente da Casa no STF pela primeira vez.
Enquanto isso, a indefinição sobre o cenário mineiro aumenta a tensão política. Lula tenta convencer Pacheco a disputar o governo estadual em 2026 para garantir um palanque forte no segundo maior colégio eleitoral do país, mas o PSD já lançou o vice-governador Matheus Simões como pré-candidato. O impasse deixa o petista sem nomes competitivos no estado e o senador em posição de espera.
Apesar da resistência no Senado, auxiliares do presidente dizem que Lula não desistiu de indicar Messias, apenas adiou o anúncio. A expectativa é de que o petista converse diretamente com Pacheco antes de formalizar a escolha para a vaga aberta com a aposentadoria antecipada do ministro Luís Roberto Barroso.
Com informações da Folha de S.Paulo




