Sóstenes Calvacante usou as redes sociais para criticar a fala de Lula – Foto: Leonardo Prado/Câmara dos Deputados
Após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dizer que os narcotraficantes são vítimas dos usuários de drogas, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Calvacante (RJ), usou as redes sociais para criticar a fala do petista. “É inacreditável. O homem que governa o país defende quem destrói famílias, quem enche os cemitérios e quem espalha violência nas ruas. O país precisa de justiça, não de romantização do tráfico”, escreveu.
Nesta sexta-feira (24), Lula comentou sobre as ações do governo dos Estados Unidos ao tráfico internacional e disse que os narcotraficantes são vítimas dos usuários de drogas. A fala do petista, que está na Indonésia, foi feita após ser questionado sobre a comparação que o presidente Donald Trump fez dos cartéis latinos ao Estado Islâmico.
“Toda vez que a gente fala em combater drogas, possivelmente era mais fácil a gente combater os nossos viciados internamente. Os usuários são responsáveis pelos traficantes, que são vitimas dos usuários também”, disse. “Ou seja, então você tem uma troca de gente que vende porque tem gente que compra. Tem gente que compra porque tem gente que vende. Então, é preciso que a gente tenha mais cuidado no combate à droga”, completou.
A declaração do petista também repercutiu entre outros parlamentares. O deputado federal Messias Donato (Republicanos-ES) disse que a postura de Lula é um “desrespeito às forças de segurança e a todos que perderam entes queridos para o crime”.
“O Brasil precisa de liderança com coragem para enfrentar bandidos, não de um presidente que passa pano para eles”, completou.
O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) considerou o discurso do presidente “perigoso” e que enfraquece a segurança e valores.
“Enquanto Lula chama narcotraficantes de “vítimas” e Gustavo Petro os trata como “trabalhadores do tráfico, nós, brasileiros de bem, seguimos pagando o preço da violência das drogas. É inacreditável ver a esquerda romantizando o crime e invertendo a lógica da responsabilidade”, escreveu.
Parlamentares como Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carlos Jordy (PL-RJ) também criticaram a fala. “No ritmo que vai, daqui a pouco o PCC vira ONG”, disse Nikolas.
R7




