MST avalia enviar brigadas de apoio ao ditador Maduro

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) está articulando o envio de brigadas de militantes para atuar em apoio ao regime de Nicolás Maduro na Venezuela, uma ditadura que fraudou as eleições mais recente, além de perseguir, prender, torturar e até matar opositores. Mais recentemente, passou a ser acusado pelos Estados Unidos de envolvimento com narcotráfico e há um prêmio de US$50 milhões para que ajudar os americanos a prender o tirano.

 

Em entrevista, o dirigente do MST, João Pedro Stédile, afirmou que os militantes não atuariam como combatentes militares, mas poderiam prestar suporte na produção de alimentos, preparo de refeições para soldados, ou outras tarefas de “apoio simbólico e humanitário”.

 

A movimentação ocorre em meio a tensões diplomáticas, já que o governo brasileiro de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) optou por não reconhecer o resultado das eleições venezuelanas, processo em que Maduro se reelegeu com 51% dos votos segundo órgão oficial, mas com ampla contestação da oposição.

Maduro convidou explicitamente o MST a enviar uma “brigada” para atuar na Venezuela, o convite reforça o vínculo entre o regime chavista e movimentos sociais brasileiros, o que gera repercussão porque a Venezuela enfrenta acusações de exercer forte controle estatal sobre instituições, de limitar a liberdade de expressão e de intimidar adversários políticos, práticas típicas de um regime autoritário.

 

No Brasil, a iniciativa do MST ocorre enquanto o governo Lula tenta equilibrar relações externas e manter uma imagem de atuação diplomática moderada.

 

Apesar disso, parte da base do PT e movimentos aliados assumem posturas mais explícitas de solidariedade ao regime da Venezuela, em contraste com a cautela oficial do Palácio do Planalto.

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