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Em um depoimento explosivo prestado a um tribunal dos Estados Unidos, Hugo “El Pollo” Carvajal, ex-chefe de inteligência do falecido presidente venezuelano Hugo Chávez, afirmou que o regime chavista financiou ilegalmente partidos e lideranças de esquerda em diversos países ao longo de mais de 15 anos.
De acordo com as informações divulgadas, Carvajal mencionou nomes de figuras políticas de destaque como Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Cristina Kirchner (Argentina), Evo Morales (Bolívia) e Gustavo Petro (Colômbia), além de legendas europeias como o partido espanhol Podemos e o Movimento 5 Estrelas, da Itália.
O ex-militar declarou que a PDVSA (Petróleos de Venezuela S.A.), estatal venezuelana do petróleo, teria servido como uma “caixa-preta” para o financiamento do chamado “socialismo bolivariano”, canalizando recursos de forma ilícita para campanhas e organizações políticas alinhadas à ideologia chavista.
Fontes do Departamento de Justiça (DOJ) e da Agência Antidrogas dos EUA (DEA) teriam confirmado que Carvajal se comprometeu a entregar documentos inéditos que comprovariam a existência de uma ampla rede internacional de lavagem de dinheiro e influência política, apelidada por ele de “cartel vermelho”.
A revelação reacende o debate sobre a atuação transnacional do chavismo e sua influência em movimentos de esquerda na América Latina e na Europa, além de levantar questionamentos sobre o papel de instituições estatais venezuelanas no financiamento político ideológico fora do país.
As investigações seguem sob sigilo, mas o caso promete ter desdobramentos significativos na política internacional.