Centrão desafia PT na corrida pela próxima vaga do TCU após perder cargos

Foto: Reprodução

O Centrão começou a esquentar o clima com o PT na corrida pela próxima vaga no Tribunal de Contas da União (TCU), depois que o Palácio do Planalto iniciou o corte de cargos de deputados que se afastam da base do governo. A movimentação mostra que a disputa pelo tribunal vai muito além de formalidades e envolve interesses estratégicos do Congresso.

A vaga em questão será aberta em fevereiro de 2026, quando o ministro Aroldo Cedraz atingir a aposentadoria compulsória aos 75 anos. Originalmente, a posição de indicação da Câmara tinha sido prometida ao PT por Hugo Motta (Republicanos-PB) em troca de apoio à sua candidatura para presidir a Casa. Mas a promessa já enfrenta resistência dentro do próprio Centrão.

Segundo lideranças do bloco, partidos como União Brasil, PP e PSD já sinalizaram a Motta que não pretendem manter o acordo. A intenção é colocar deputados desses partidos na disputa, frustrando os planos do PT. Um cacique do Centrão afirmou que o partido de Lula dificilmente reunirá votos suficientes na Câmara para garantir um nome ligado à sigla no TCU.

O impasse é reforçado pela divergência de agenda fiscal: o PT é visto por muitos no Centrão como incompatível com políticas mais liberais, o que enfraquece a tentativa de indicar alguém do partido. A situação lembra a disputa pela relatoria da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano, quando a sigla queria Carlos Zarattini, mas a posição acabou ficando com Gervásio Maia (PSB-PB).

Entre os nomes do Centrão que já despontam como candidatos ao TCU estão os deputados Pedro Paulo (PSD-RJ), Hugo Leal (PSD-RJ), Elmar Nascimento (União-BA) e Danilo Forte (União-CE). A expectativa é que, até 2026, algum desses parlamentares consiga reunir consenso dentro do bloco, contando até mesmo com apoio do PL de Jair Bolsonaro, e assegure a vaga antes mesmo do PT conseguir avançar.

Com informações do Metrópoles

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