Foto: Eduardo Maia
Gustavo Carvalho criticou a ausência de um desfecho para o caso, que envolveu um montante de R$ 5 milhões do Rio Grande do Norte, integrados a um total de R$ 48 milhões autorizados pelo Consórcio Nordeste. À época, o consórcio era presidido pelo então governador da Bahia, Rui Costa, hoje ministro-chefe da Casa Civil do governo federal.
“O povo do Rio Grande do Norte tem o direito de saber para onde foi cada centavo dos recursos autorizados, chancelados e assinados pela governadora Fátima”, declarou o deputado. Ele lamentou que, cinco anos após os fatos, nenhuma punição tenha sido aplicada aos responsáveis.
O parlamentar relembrou sua atuação na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou o caso na ALRN, presidida pelo então deputado Kelps Lima. Segundo o deputado, após a apuração dos fatos, ele e outros membros da CPI se dirigiram a Brasília, onde estiveram na Advocacia-Geral da União (AGU) na companhia do senador Eduardo Girão (CE) para relatar as descobertas, incluindo uma delação premiada que ocorreu na Assembleia Legislativa.
Gustavo Carvalho expressou a expectativa de que a reabertura do inquérito nacional traga as respostas e as punições esperadas. “O Brasil reacende a esperança. O Rio Grande do Norte reacende a esperança de ver punidos os culpados que até hoje não vimos”, afirmou.
O deputado enfatizou o sofrimento de inúmeras famílias que perderam entes queridos devido à falta de oxigênio e equipamentos, enquanto recursos públicos teriam sido desviados para uma empresa que, segundo ele, “sequer tinha, durante sua abertura até o seu encerramento, comprado um respirador ou qualquer insumo hospitalar. E sim, vendido cannabis”.
“É revoltante perceber que 5 anos depois, até agora, ninguém sofreu punição nesse processo”, pontuou o membro do Bloco Parlamentar PL. Ele assegurou que seu mandato continuará cobrando e informando sobre o assunto, “em respeito aos profissionais de saúde que atuaram na linha de frente e às famílias que buscam a verdade”.