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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (foto), afirmou neste sábado, 4, que Israel concordou com uma linha inicial de retirada em Gaza, apresentada ao Hamas.
Em publicação na rede Truth Social, Trump disse:
“Quando o Hamas confirmar, o cessar-fogo será IMEDIATAMENTE efetivo, a troca de reféns e prisioneiros começará, e criaremos as condições para a próxima fase da retirada, que nos aproximará do fim desta CATASTROFE DE 3.000 ANOS. Obrigado pela atenção a este assunto e, FIQUEM ATENTOS!”.
A linha inicial de retirada, segundo mapa apresentado por Trump, mostra as posições de controle aproximadas de Israel na Faixa antes da grande ofensiva na Cidade de Gaza, que se iniciou em setembro.
O acordo prevê, portanto, que as FDI mantenham presença no sul de Gaza, nas cidades de Rafah e Khan Younis, além de grandes áreas do norte da Faixa e de zonas de segurança em outras partes do território.
Trump destacou que a confirmação do Hamas acionará imediatamente o cessar-fogo e dará início à troca de reféns e prisioneiros, considerada etapa crucial para a estabilização do conflito.
O presidente americano acrescentou que a sequência das etapas criará as condições para a próxima fase de retirada, que tem por objetivo o fim do conflito.
E a desmilitarização do Hamas?
O plano dos Estados Unidos prevê um cessar-fogo imediato, a libertação dos reféns israelenses em até 72 horas, o desarmamento do Hamas e a retirada gradual das forças israelenses da Faixa de Gaza.
Também propõe um governo transitório para Gaza, sem participação do Hamas ou da Autoridade Nacional Palestina, e prevê a criação de uma força internacional temporária.
O major Rafael Rozenszajn, porta-voz das Forças de Defesa de Israel nascido no Brasil, se manifestou sobre uma nota do Itamaraty que trata do plano de Trump. O comunicado do governo brasileiro não menciona o desarmamento do Hamas.
“O Itamaraty publicou recentemente uma nota defendendo cessar-fogo, ajuda humanitária e reconstrução sob supervisão palestina — mas omitiu um ponto essencial: a desmilitarização do Hamas.
É impossível falar em paz duradoura enquanto um grupo armado, que ameaça a existência de um Estado, mantém controle militar sobre Gaza”, afirmou Rozenszajn em publicação no Instagram.
“Se o Brasil não aceitaria um grupo terrorista armado em sua própria fronteira, por que esperar que Israel aceite? A verdadeira paz exige coragem, clareza política e compromisso com a segurança de todos os povos — inclusive o povo israelense.
Falar em paz sem exigir a desmilitarização do grupo terrorista é fechar os olhos para a realidade. Segurança e justiça devem andar juntas.”
“Estamos muito próximos da paz”
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse em pronunciamento nesta sexta-feira que o mundo está próximo de ver a paz no Oriente Médio. Ele agradeceu países como Qatar, Turquia, Arábia Saudita, Egito e Jordânia pelo apoio diplomático.
“Obrigado aos países que ajudaram imensamente, todos estavam unificados para que essa guerra terminasse e para ver paz no Oriente Médio, e agora estamos muito próximos de conquistar isso”, disse.
O republicano também comentou a posição do Hamas, que anunciou aceitar a libertação de reféns israelenses.
“Esse é um grande dia, vamos ver o que acontece. Precisamos acertar os detalhes, mas estou ansioso para ver o retorno dos reféns”, afirmou Trump.
O Hamas, no entanto, não aceitou todas as condições do plano. O grupo terrorista concordou em negociar, mas não se comprometeu com o desarmamento, um dos pontos centrais da proposta americana.