Casos de intoxicação por metanol acendem alerta e médicos recomendam evitar consumo de bebidas alcoólicas

Foto: Divulgação/Governo de SP

O aumento nos registros de intoxicação por metanol no Brasil levou médicos a recomendarem que a população evite consumir bebidas alcoólicas neste momento.

Segundo o Ministério da Saúde, já são 43 casos em investigação em todo o país. Um óbito foi confirmado em São Paulo e outros sete seguem em apuração — cinco também em São Paulo e dois em Pernambuco.

De acordo com o médico Luiz Fernando Penna, do Hospital Sírio-Libanês, não é possível identificar ainda quais bebidas foram adulteradas. “A recomendação forte é: não consuma bebida alcoólica, principalmente os destilados”, alertou.

A infectologista Paula Tuma, do Hospital Albert Einstein, reforça que não há como garantir segurança nem mesmo em garrafas lacradas. “Não beber é a melhor opção até que a investigação seja concluída”, disse.

Já a coordenadora de controle de doenças da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, Regiane de Paula, destacou que o papel do poder público é informar sobre os riscos, mas que a decisão final cabe a cada pessoa.

Hospitais privados como Einstein, Sírio-Libanês e Rede D’Or reforçaram protocolos internos para identificar rapidamente casos suspeitos. Entre as medidas estão a criação de mesas de crise, intensificação da triagem no pronto-atendimento e preparação de exames específicos para detectar intoxicação.

A intoxicação por metanol pode causar acidose metabólica, alteração que compromete pulmões, rins e sistema neurológico. O tratamento pode incluir hidratação, exames específicos e o uso de medicamentos como o etanol farmacêutico, que bloqueia a ação tóxica da substância no organismo.

Blog do BG

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