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Em Brasília desde 2018, está sempre de olho nos bastidores do poder. Em seus 20 anos de estrada, passou por O Globo, Estadão, Época, Veja SP e UOL
O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), se reuniu nesta quinta-feira (25), nos Estados Unidos, com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o influenciador Paulo Figueiredo.
O encontro ocorre em meio às críticas de parte da direita à atuação de Eduardo e dois dias após o parlamentar sofrer reveses na Câmara.
Na terça-feira (23), o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi impedido de assumir a função de líder da minoria, e o Conselho de Ética instaurou processo contra ele pela atuação nos EUA.
A postura de Eduardo, na avaliação de integrantes da direita, tem potencial de dificultar ainda mais uma costura que possa beneficiar o pai, condenado a 27 anos e três meses por tentativa de golpe de Estado.
A expectativa era que Sóstenes pudesse ajudar a acalmar os ânimos de Eduardo e Paulo Figueiredo.
Porém, na conversa desta quinta, os três reafirmaram a defesa da anistia ampla e rejeitaram a proposta de um projeto de lei para reduzir as penas dos condenados pela tentativa de golpe de Estado.
Nas redes sociais, Eduardo Bolsonaro publicou: “Todos unidos pela anistia”.
O relator do texto, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), agora fala em PL da Dosimetria, depois de a urgência ter sido aprovada como PL da Anistia.
Embora parte do entorno do ex-presidente veja na proposta da dosimetria algo mais factível, Bolsonaro, segundo apurou a CNN, ainda não autorizou os articuladores do PL a negociar a redução das penas e segue insistindo no perdão total.
Em prisão domiciliar, Bolsonaro recebeu nesta semana o próprio Sóstenes Cavalcante, o líder da Oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), e o deputado federal Rodrigo Valadares (PL-SE). Nos próximos dias, o ex-presidente receberá Valdemar Costa Neto, presidente do PL, e Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo.
Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), por descumprimento de medidas cautelares impostas no âmbito do inquérito por coação de Eduardo ao Judiciário.
A defesa de Bolsonaro pediu a revogação da prisão domiciliar visto que o ex-presidente não foi denunciado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, nesta semana, junto com Eduardo e Paulo Figueiredo.
A revogação da domiciliar, porém, tende a ser negada, visto que a cautelar foi imposta por risco de fuga.
CNN