Foto: divulgação
O presidente Lula afirmou nesta quarta-feira (17/9), em almoço com lideranças do PDT, que não se opõe à possível redução das penas dos condenados pelo 8 de Janeiro.
Segundo ao menos três fontes que participaram do almoço, Lula citou, inclusive, o nome de Jair Bolsonaro. “Se ele ficar dois, três anos preso, já está bom”, teria dito o petista.
Ao tocar no assunto, o chefe do Palácio do Planalto lembrou que ficou 580 dias preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba e que esse tempo foi uma “eternidade”.
A declaração de Lula durante o almoço com lideranças do PDT deve influenciar nas articulações do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), em relação ao tema.
O almoço de Lula com lideranças do PDT aconteceu no Palácio da Alvorada, residência oficial do petista, e não foi registrado na agenda oficial dele.
Participaram do encontro, segundo apurou a coluna, o ministro da Previdência, Wolney Queiroz; o presidente do PDT, Carlos Lupi; e lideranças da sigla no Congresso. Entre elas:
– Deputado Mario Heringer (MG), líder do PDT na Câmara;
– Deputado André Figueiredo (PDT-CE);
– Senadora Leila Barros (PDT-DF).
No encontro com pedetistas, Lula também reclamou da chamada PEC da Blindagem, aprovada pela Câmara na véspera com votos da maioria da bancada do próprio PDT na Casa.
Ainda no almoço, Lula disse que deseja contar com o apoio do PDT em 2026, quando disputará a reeleição. Os pedetistas responderam que, se não tiverem candidato próprio, apoiarão o petista.
O clima do encontro, segundo lideranças do PDT, foi ameno. Isso não impediu os pedetistas de afirmarem a Lula que se sentem subrepresentados no governo, com apenas um ministério.
Motta já articula há alguns dias para barrar o projeto da anistia ao 8 de Janeiro e, como alternativa, aprovar um projeto prevendo apenas redução de penas.
Uma das versões, de acordo com aliados de Motta, reduziria a pena de Bolsonaro entre seis e oito anos. O ex-presidente foi condenado pela trama golpista a 27 anos e três meses de prisão.
A coluna do jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles, procurou o secretário de Imprensa da Presidência, Laércio Portela, para falar sobre o assunto, mas não obteve resposta. O espaço segue aberto para manifestações do Palácio do Planalto.
Igor Gadelha – Metrópoles