Isabella Finholdt/Especial Metrópoles
O relatório da Polícia Federal (PF) que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) pelos crimes de coação e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito aponta que o pastor Silas Malafaia estimulava Bolsonaro a descumprir as medidas cautelares impostas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Ouça a íntegra da troca de áudios de Bolsonaro interceptados pela PF
Segundo a PF, Malafaia atuava “com adesão subjetiva ao intento criminoso”, ao “instigar” Bolsonaro a descumprir as proibições até então vigentes, como o uso de redes sociais.
O pastor enviou diversas mensagens ao ex-presidente solicitando que ele encaminhasse e postasse vídeos compartilhados ou feitos por ele. Para pressionar Bolsonaro, Malafaia escreveu a ele: “Você é a voz!”.
Veja:
Malafaia chegou a pedir que o ex-presidente mobilizasse deputados para que também postassem vídeos, conforme a mensagem enviada por ele: “Presidente! Envie pelo zap os dois vídeos que te mandei sobre domingo. Motiva os deputados a postarem. Você é o líder!”.
Ao citar “domingo”, Silas se refere às manifestações que ocorreram em 3 de agosto. Bolsonaro foi impedido de comparecer presencialmente pelo STF, mas participou por videochamada.
Segundo a PF, Bolsonaro tentou burlar as restrições impostas pelo Supremo, ao compartilhar conteúdos dos atos pró-Bolsonaro e vídeos relacionados às sanções da Lei Magnitsky contra Moraes.
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